Orientações para decisões
1. Definição
“Decisão” por definição é: 1. Ato ou efeito de decidir(-se). 2. Sentença, julgamento, e “decidir” é: 1. Determinar, resolver. 2. Solucionar. 3. Dar decisão. 4. Tomar deliberação. 5. Dar preferência. 6. Resolver-se.
Para decidir sobre um assunto, é importante conhecê-lo bem, “conhecer” é “ter noção ou conhecimento de; saber; ser muito versado em; saber bem; ter grande saber ou competência”…
2. Decisões no trato com pessoas
A palavra “DEUS” na língua portuguesa é a mesma que se usa no latim. No grego é “Theos“. Em ambas as línguas quer dizer: “O Soberano SENHOR e Governador da terra e dos céus“.

A palavra hebraica que no primeiro capítulo do primeiro livro da Bíblia, o de Gênesis, se traduz por DEUS é “Elohim“, nome que quer dizer “O Ser Supremo“. O Único digno de veneração e de adoração religiosas. Empregam-se na Bíblia numerosas palavras para indicar a existência e o caráter de DEUS.
O versículo Bíblico a seguir também diz algo de suma importância:
Efésios 5: 1- “Sede, pois, imitadores de DEUS, como filhos amados”.
Nesse versículo a Bíblia diz que nós devemos imitar DEUS, não a outros, e, se quisermos fazê-lo em nossas decisões, precisamos unir a misericórdia, a justiça e o juízo, perceba:
Salmos 89: 14- “Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto”.
A justiça e o juízo são a base do trono de DEUS, e adiante dEle vão a misericórdia e a verdade. Isso descreve os aspectos fundamentais de como DEUS lida com as pessoas.
“Base do trono” está ligada a “reino” ou a “governo” que é o “ato ou efeito de governar, administrar” e “governar” é “regular o andamento de, conduzir“.
Misericórdia nesse contexto é o mesmo que “compaixão”, colocar-se no lugar do outro. Justiça é o “processo judicial que decide quem está certo em uma instância da lei”. Juízo é a “qualidade de vida demonstrada por aquele vive intensamente as normas estabelecidas em um relacionamento”.

Se usarmos só a misericórdia em nossas decisões seremos liberais demais, se somente a justiça e o juízo seremos implacáveis, por isso, neste caso, se quisermos imitar DEUS nas nossas tomadas de decisões, e sermos excelentemente bem sucedidos, temos que unir a misericórdia, a justiça e o juízo.
O monarca Davi, depois de iniciar de modo brilhante a carreira, vencendo, ainda jovem, um gigante em batalha, acaba por cometer adultério e assassinato. Em certo dia, em vez de ir para batalha junto com os soldados do exército de Israel, permaneceu no palácio, de onde viu uma mulher casada, se interessou por ela, e mandou que a trouxessem para conhecê-la, perceba:
II Samuel 11: 3, 4, 15- “3E enviou Davi e perguntou por aquela mulher; e disseram: Porventura, não é esta Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu? 4Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e já ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa; 15Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra”.
A lei mosaica, que regia aquele povo, o puniria com a pena capital em cada um destes casos:
No caso do homicídio:
Números 35: 30- “Todo aquele que ferir a alguma pessoa, conforme o dito das testemunhas, matarão o homicida; mas uma só testemunha não testemunhará contra alguém para que morra”.
Também no de adultério:
Levítico 20: 10- “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera”.
Porém, a pena não foi aplicada ao monarca:
II Samuel 12: 13- “Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR traspassou o teu pecado; não morrerás”.
Neste caso, DEUS tratou pessoalmente do pecado do rei:
II Samuel 12: 10-12-“10Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher. 11Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. 12Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol”.

Perceba o uso da misericórdia, da justiça e do juízo: Justiça: Davi foi considerado culpado; Juízo: Não observou o que mandava a lei; Misericórdia: Foi punido, porém, não com pena capital, foi punido com uma dura pena, mas não com a de morte.
Algo semelhante aconteceu com uma mulher pega em adultério, colocada diante do SENHOR JESUS:
João 8: 4- “E, pondo-a no meio, disseram-lhe: MESTRE, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando”.
Os escribas e fariseus, religiosos daquela época, exigiram o parecer do SENHOR JESUS sobre a aplicação da pena de morte para a adúltera:
João 8: 5- “e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?”
Aos olhos humanos não haveria saída para o SENHOR JESUS: Se dissesse para apedrejarem a mulher, iria a favor da Lei de DEUS, mas contra a lei de Roma, que regia aquele povo naquele momento, ou seja, seria considerado um traidor. Se dissesse para não apedrejá-la, não seria considerado traidor pela lei de Roma, mas seria considerado um herege, pois iria contra a Lei de DEUS.
O SENHOR JESUS CRISTO então, vai até a raiz de todos os males, o pecado, e diz:
João 8: 7- “E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”.
Entretanto, os acusadores comportaram-se de modo parcial e trouxeram somente a mulher para ser julgada, enquanto a lei exigia a presença das testemunhas e também do adúltero:
Presença de testemunhas:
Deuteronômio 17: 6- “Por boca de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha, não morrerá”.
Presença do adultero:
Levítico 20: 10- “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera”.
CRISTO se recusou a participar deste juízo temerário e ilegítimo. Absolveu a mulher da punição, a perdoou e a exortou a deixar o pecado:
João 8: 11- “E ela disse: Ninguém, SENHOR. E disse-lhe JESUS: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais”.

É de suma importância conhecer bens as leis as quais o empresário pode precisar consultar, tendo especialistas, quando possível, para auxiliá-lo como suporte também, para não incorrer em erros.
Avaliar cada caso, analisando com profundidade pode nos levar a tomar decisões diferentes das comuns. No caso do rei Davi, fazendo uma análise, perceberemos que teve um passado brilhante, venceu um gigante em batalha de modo contundente livrando o povo de Israel da submissão àquele povo.
Foi ungido rei, mas, somente depois de aproximadamente 20 anos tornou-se rei de fato, ou seja, perseverou para tanto, respeitando o rei no momento, Saul, que, mesmo tendo seu reinado rejeitado pelo SENHOR DEUS, houvera sido ungido para reinar, com esta atitude, Davi demonstrou temor ao SENHOR DEUS, esperando o tempo certo para se tornar rei de fato.
Também devemos esperar o momento certo para tomar posse do que nos foi dado, não deixar de aproveitar as oportunidades que surgirem, muitas são rápidas, não esperam, mantendo a ética.
Ao se tomar decisões sobre demissões no trabalho, é importante ter estes critérios também: O colaborador está certo ou errado? Se errado, o que a lei ordena fazer? Qual o passado deste funcionário? No que contribuiu para o bem da Organização? Qual comportamento natural dele? Aconteceu algo específico para cometer esse agravo? São critérios que poderão ajudar a aplicar a pena correta.
No exemplo da mulher pega em adultério, o MESTRE JESUS não participou daquele juízo temerário, poderia incorrer em um erro, que custaria a vida daquela mulher. Com funcionários, é de suma importância checar os fatos, tomando decisões somente depois de constatado o erro, o agravo ou o que tiver incorrido a pessoa envolvida, na dúvida, optar por pela não aplicação da pena, até que se constate, buscar sempre orientação de um profissional nestes casos.
3. Decisões no trato com a empresa
Perceba este também profundo texto Sagrado:
Provérbios 27: 23- “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado”…
O texto diz que precisamos ser “íntimos” do trabalho que executamos, experts, ou seja, “peritos ou especialistas; pessoa cujo conhecimento excessivo a faz entender ou dominar certa área, assunto, ofício, atividade“…

Por isso é de suma importância ter os controles financeiros em dia, entre eles: Caixa, Movimento, Contas a pagar, Contas a receber, Fluxo de Caixa, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício.
Mas é preciso dizer que o resultado bom ou mau do Financeiro, está ligado diretamente ao resultado de outras áreas da Organização.
A Matriz Balanced Scorecard pressupõe a Organização por 04 perspectivas: 1. Aprendizagem e crescimento; 2. Processos Internos; 3. Mercado; 4. Financeiro…
Deste modo, o planejamento e as ações abrangerão a Entidade como um todo, não só o Financeiro, proporcionando melhores resultados.

É importante estabelecer Objetivos, Metas, Indicadores e Iniciativas para todas estas áreas. Objetivo é o que quero fazer, Meta é quantidade e tempo, os Indicadores mostram o desempenho dentro das Metas, sendo que se dividem em 2 tipos: Indicadores de Resultado e Indicadores de Esforço, e, as Iniciativas são as ações para se chegar aos Objetivos propostos.
As Metas devem ser alcançáveis, não fáceis demais nem difíceis demais, entre outras, e as Iniciativas devem ser atreladas a um método que assegure a execução, e ainda, todo o planejamento, dever ser constantemente revisado, desta forma, os objetivos tendem a ser alcançados.

Com um Planejamento bem elaborado, as decisões empresariais terão mais espaço para acertos, os esforços poderão ser direcionados para o que trará resultado somente, evitando desperdício de tempo além de desperdício de outros recursos.
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Conclusão

As decisões tanto no trato com as pessoas no geral, tanto no trato com a empresa, devem ser apoiadas pelo conhecimento. O uso da compaixão, justiça e juízo darão equilíbrio nas decisões no trato com as pessoas. O planejamento amplo permitirá ao empreendedor conhecer profundamente a Organização e tomar decisões muito mais assertivas com relação à empresa.
Uma definição de sabedoria seria: “usar o teu conhecimento ao teu favor num momento propício”. É importante ter conhecimento, mas só o conhecimento não implicará em decisões corretas. É preciso também usá-lo da forma adequada.
O humilde está sempre apto a aprender alguma coisa, o soberbo não, acha que sabe tudo. A sabedoria não vem com a idade, mas quando o ESPÍRITO De DEUS se une ao espírito do homem, perceba este também extraordinário texto bíblico:
Jó 32: 8- “Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do TODO-PODEROSO os faz sábios”…
Quando há falta de sabedoria, podemos pedir ao SENHOR DEUS que dá com liberalidade e não lança em rosto, note:
Tiago 1: 5- “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a DEUS, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada”…
Usando a misericórdia, a justiça, o juízo, buscando profundos conhecimentos e pedindo sabedoria ao SENHOR DEUS, teremos muito mais chances de acertar nas decisões, seja no trato com as pessoas, seja no trato com assuntos diretamente ligados à empresa…
Que o SENHOR DEUS nos continue a abençoar!!!
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Willian Sousa
Consultor Empresarial
Especialista em Controladoria e Finanças
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Fontes de pesquisa:
- Bíblia Sagrada;
- Dicionário da língua portuguesa míni Aurélio, 2008;
- Manual Prático de Teologia- Eduardo Joiner; 2ª Edição; Central Gospel.